Introdução: O Pano-de-Fundo de uma Conspiração
O ano é 405DC. No auge de Roma, recém-fortalecida por seu famoso Concílio de Nicéia[1], um bispo de nome Jerônimo[2] conclui a sua tradução da Septuaginta[3] para o Latim. Essa tradução populariza exatamente o conceito que fez do Cristianismo, a nova roupagem da antiga religião pagã romana, tão popular no império.
Muitos esforços foram feitos em Roma, por Inácio[4], Constantino[5], e outros, para estabelecer uma religião unificada que assegurasse a pax romana. Afinal, quem controla a religião, contra as massas. Quem controla as massas, controla o império. Essa religião híbrida, que tomou emprestado alguns conceitos judaicos da seita dos nazarenos, na realidade, mantinha antigas estruturas do politeísmo romano, de modo que os pagãos puderam confortavelmente encontrar seu nicho na nova fé. O processo foi semelhante ao sincretismo do Catolicismo com as religiões afro, no Brasil colonial.
Ave, Deus!
Não se pode contar com o apoio dos pagãos, ou converter as massas, fazendo oposição às suas crenças já existentes. O ideal é buscar a aproximação, e não o confronto. Porém, os bispos da nova religião romana tinham um problema: não podiam negar o panteão primitivo com as suas divindades, mas ao mesmo tempo, precisavam estabelecer as fundações do monoteísmo.
A solução engenhosa, mais tarde copiada por Mohammad (Maomé) quando lidou com o politeísmo árabe, era fortalecer a figura do chefe do panteão – enaltecê-lo como um Ser Supremo, tão poderoso que as demais figuras ficavam ofuscadas. Como falar do Elohim dos hebreus, esse ser desconhecido, para um grupo de romanos politeístas? A reposta é: através do sincretismo!
O panteão romano era derivado do que historicamente se conhece como o panteão Proto-Indo-Europeu. O panteão Proto-Indo-Europeu é o nome conceitual dado às origens de um sistema politeísta que floresceu e deu origem, posteriormente, às principais religiões pagãs da Europa, e do Oriente.
O Panteão Proto-Indo-Europeu era governado por um ser supremo, de nome Dyeus. Dyeus era conhecido como a divindade do céu iluminado – e sua posição no panteão Proto-Indo-Europeu era a de um monarca ou patriarca.
De Volta às Origens
Curiosamente, a maioria dos estudos arqueológicos e antropomórficos apontam para a origem do panteão Proto-Indo-Europeu como tendo origem na região do Iran/Iraque, sendo o Zoroastrismo a religião mais antiga derivada desse sistema religioso. Ou seja, todos os caminhos dessa religião primitiva apontam para Bavel. O berço de Satan e de toda sorte de abominações aos olhos de YHWH. Essa religião, ao que sabemos pelos relatos bíblicos, possivelmente tem origem no sistema religioso de Nimrod, Semíramis e Tammuz. A adoração a Mitra, o deus-sol, que era um dos filhos de Dyeus no panteão proto-indo-europeu, também tem sua origem neste fato.
O Panteão: Do PIE ao Romano
Como dissemos antes, a origem do panteão romano no primitivo panteão pronto-indo-europeu é notória, e pode ser observada em diversas de suas divindades, como por exemplo a deusa Venus, cuja origem está em Wenos, a deusa da aurora no panteão proto-indo-europeu. Algumas dessas derivações podem ter surgido diretamente na região da atual Itália, outras indiretas, a medida em que o império romano se expandia e absorvia a cultura de diversas regiões. Há, por exemplo, uma posterior influência da mitologia grega no panteão romano. Porém, o próprio panteão grego também é derivado do panteão proto-indo-europeu.
Deus: O Líder
O líder do panteão proto-indo-europeu, como dissemos, era conhecido como Dyeus. Seu nome, porém, sofreu derivações em diversas regiões. Seguem alguns exemplos:
Em sânscrito, era conhecido como Dyaus, nos balcãs, era conhecido como Dievas, na região de Gaul, tornou-se Diaspater, no grego, ficou conhecido como Zeus, na região da atual Alemanha como Tiwaz, e no latim, inicialmente Jove Pater (Júpiter) – uma derivação de Dyeus Pather – e posteriormente “Deus”.
“Deus” era, portanto, o nome próprio do ser supremo do panteão romano – conhecido como o pai de todos os outros deuses, o senhor da luz. Assim como Zeus, na Grécia, “Deus” (Dyeus/Júpiter) era o mais adorado dentre as divindades do paganismo romano.
Figura 1: Imagem de Dyeus, do Século 4AC, encontrada na Ucrânia
Roma Exalta o Seu Deus
Consciente, portanto, de que o “convergir” é muito mais eficiente do que “confrontar”, os bispos do recém-formado Cristianismo, a nova religião do império romano, fizeram o que havia de mais lógico: ao se depararem com o Elohim Avinu (Elohim, nosso Pai) do Judaismo e da antiga seita dos Nazarenos, igualaram-no a “Deus”, a divindade-mor dos romanos. Justamente aquilo que a Bíblia mais condena, a maior de todas as abominações, e que é combatida por aqueles que crêem na Bíblia atualmente – o sincretismo que iguala o Eterno a elementos de religiões pagãs – foi feito ardilosamente pelos bispos romanos, selado por Constantino, e consolidado por Jerônimo na tradução da Vulgata.
E hoje, inocentemente, milhares e milhares de pessoas de língua latina (como o português, e o espanhol, por exemplo), inadvertidamente, são levadas à adorarem essa entidade babilônia, o pai das mentiras – o próprio Satan, pensando que ao adorarem a “Deus”, estão adorando a YHWH.
Figura 2: Dyeus-Pater (Júpiter) torna-se o Deus do Cristianismo
O “Deus” do Cristianismo, ingenuamente adorado pelas massas, é um dos títulos de Satan/Samael, e não é o Eterno Criador dos Céus e da Terra. Reparem como é sutil e ardiloso o trabalho do inimigo. É através de coisas aparentemente inocentes e bem-intencionadas, que Satan procura a cada pequenino passo desviar a humanidade de YHWH. Essa jogada de Satan faz com que o mundo viole um dos princípios mais básicos estabelecidos por ele: o de colocar outro diante dEle, em Seu lugar.
A Profecia Se Cumpre
Uma dúvida ainda paira no ar. Será que as Escrituras previram esse ardiloso golpe de Satan? O profeta Hoshea (Oséias) responde a essa pergunta. No capítulo 2, Hoshea (Oséias) fala justamente de Efrayim na Galut. Repare o que dizem os p’sukim 16 e 17:
“E naquele dia, diz YHWH, ela me chamará meu marido; e não me chamará mais meu Baal. Pois da sua boca tirarei os nomes dos baalim [ie. divindades pagãs], e não mais se fará menção desses nomes.” Hoshea (Oséias) 2:16-17
Aqui fica bem claro: um dos pecados de Efrayim estava no fato de chamar a YHWH por meio do nome de divindades pagãs. Uma das características da restauração da fé está justamente no fato de YHWH retirar da boca de sua noiva, Israel, os nomes pagãos. YHWH será chamado nosso marido, e não nosso “deus”, nosso “allah”, nosso “budda” ou qualquer outro nome pagão usado por Efrayim para se referir a Ele.
Conclusão
Com o conhecimento, vem a responsabilidade. Somos chamados a sair de Bavel (Babilônia), a abandonar completamente o seu sistema de mentiras, e de enganação. Satan, em seu ardiloso esquema que culminará na religião universal (talvez uma espécie de Cristianismo ecumênico), já tem a sua Igreja, o seu messias anti-Torá e anti-semita, e ainda leva o ser humano a adorar a ele próprio (Deus). Não tardará muito em vermos a humanidade reunida para juntos “adorarem a Deus” (ou a outras variantes – há também em outras línguas termos que descendem de divindades pagãs, como “God” no inglês, etc.) Se somos chamados para sair de Bavel, e se zelamos pela santidade no culto ao Eterno, então conhecendo a verdade, jamais podemos ignorá-la, nem tampouco usar um dos nomes de Satan para se referir ao Sagrado, Bendito seja Ele.
[1] Concílio de Niceia, o primeiro concílio ecuménico do Cristianismo, reunido em Niceia no ano de 325, e que discutiu questões cristológicas (estabelecendo a base da religião cristã, por exemplo, o Arianismo).
[2] Jerônimo de Strídon, seu nome completo é Eusebius Sophronius Hieronymus, é conhecido sobretudo como tradutor da Bíblia do grego antigo e do hebraico para o latim. Na tradição cristã é o padroeiro dos bibliotecários e dos tradutores e patrono das secretárias (inclusive ambos comemorados no dia 30 de setembro). A edição de Jerónimo, a “Vulgata”, é ainda o texto bíblico oficial da Igreja Católica Romana, que o reconhece como Padre da Igreja (um dos fundadores do dogma católico) e ainda doutor da Igreja.
[3] Septuaginta é o nome da versão do Tanach, para o grego, traduzida em etapas entre o terceiro e o primeiro século AEC. em Alexandria. Dentre outras tantas, é a mais antiga tradução da bíblia hebraica para o grego, língua franca do Mediterrâneo oriental pelo tempo de Alexandre, o Grande. A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos trabalharam nela e, segundo a lenda, teriam completado a tradução em setenta e dois dias. A Septuaginta foi usada como base para diversas traduções da Bíblia.
[4] Inácio (67 – 110 d.C.) foi Bispo de Antioquia da Síria, discípulo do emissário Yochanan (João), também conheceu Sha’ul (Paulo). Segundo Eusébio de Cesaréia (Hist. Ecl. 3.36,2), Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia da Síria e segundo Orígenes teria sido o segundo bispo da cidade (Hom. VI, em Luc. par. 1). Porém diferente dos emissários com quem conviveu e de quem aprendeu, Inácio pregava a separação da chamada igreja universal, composta pelos seguidores do Messias, do Judaísmo, a primazia da Sé de Roma, trindade e a declarava que os cristãos não deveriam mais guardar o Shabat, mas se reunir no dia do Senhor, o qual, segundo ele, seria o domingo.
[5] Constantino I, Constantino Magno ou Constantino, o Grande (em latim Flavius Valerius Constantinus; Naissus, 272 – 22 de Maio de 337), foi proclamado Augusto pelas suas tropas em 25 de Julho de 306 e governou uma porção crescente do Império Romano até a sua morte. Constantino acabou, no entanto, por entrar na História como primeiro imperador romano a professar o cristianismo, na seqüência da sua vitória sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão.
Alguem perguntou para o mestre o que é a Verdade.
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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
domingo, 26 de dezembro de 2010
INFERNO.
Inferno é um termo usado por diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada dos mortos, ou lugar de grande sofrimento e de condenação. A origem do termo é latina: infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo inferior".
Etimologia
A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se da palavra latina pré-cristã inferus "lugares baixos", infernus.. Na Bíblia latina, a palavra é usada para representar o termo hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena, sem distinção. A maioria das versões em idioma Português seguem o latim, e eles não fazem distinção do original hebraico ou grego:
V.T. Hebraico | V.T. Grego | N.T. Grego | Latim | Português | vezes no N.T. |
Seol | Hades | Hades | infernus | inferno | 10 vezes |
Ge Hinom | Ennom | Geena | infernus | inferno | 11 vezes |
Das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material. Alguns teólogos observaram, contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. Porém, o próprio Jesus fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava no inferno, essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não estava no inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo molhado em água, pois em chamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16, versículos de 19 ao 31.)Obviamente tal relato não foi em sentido literal, pois uma gota de água não alivia dor de quem está em chamas ou num calor intenso, mas queria dizer que pelo enorme sofrimento precisaria aliviar-se de qualquer jeito. A crença na existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna. Alguns teólogos concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado ao terceiro dia conforme relatam os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos veem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada ser humano que estava destinado à morte eterna pelo pecado original de Adão, e sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar de não ter visto corrupção.
Mudanças no Sentido da Palavra Inferno.
O Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento diz a respeito do uso de inferno para traduzir as palavras originais do hebraico Sheol e do grego Hades (Bíblia): Hades . . . Corresponde a Sheol no Antigo Testamento. Na Versão Autorizada do A.T. e do N. T., foi vertido de modo infeliz por Inferno.
A Enciclopédia da Collier diz a respeito de Inferno: Primeiro representa o hebraico Seol do Antigo Testamento, e o grego Hades, da Septuaginta e do Novo Testamento. Visto que Seol, nos tempos do Antigo Testamento, se referia simplesmente à habitação dos mortos e não sugeria distinções morais, a palavra ‘inferno’, conforme entendida atualmente, não é uma tradução feliz. O Terceiro Novo Dicionário Internacional de Webster diz: Devido ao entendimento atual da palavra inferno (Latim Infernus) é que ela constitui uma maneira tão infeliz de verter estas palavras bíblicas originais. A palavra inferno não transmitia assim, originalmente, nenhuma idéia de calor ou de tormento, mas simplesmente de um lugar coberto ou oculto (de . . . helan, esconder).
A Enciclopédia Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da Bíblia não bastou para criar apreciavelmente esta confusão e equívoco.
Salvação.
A salvação é um termo que genericamente se refere à libertação de um estado ou condição indesejável. O conceito de salvação eterna, salvação celestial ou salvação espiritual faz referência à salvação da alma, pela qual a alma se livraria de uma ameaça eterna (castigo eterno ou condenação eterna) que esperaria depois da morte. Na teologia, o estudo da salvação se chama soteriologia e é um conceito vitalmente importante em várias religiões.
A palavra salvação, tem sua origem no grego soteria, transmitindo a idéia de cura, redenção, remédio e resgate; no latim salvare, que significa `salvar´, e também de `salus´, que significa ajuda ou saúde.O VER NO CRISTIANISMO.
A salvação é um dos conceitos espirituais mais importantes no cristianismo, junto com a divindade de Jesus Cristo e a definição do Reino de Deus.
Após a queda do gênero humano, através da desobediência a Deus, é o Próprio Deus quem salva os homens. Através da sua Graça (dom, favor).
Deus ama os homens desde toda eternidade, mesmos sabendo que iriam desobedecê-lo. Assim, já tinha o remédio para a humanidade, Ele entregaria seu Filho, Jesus, que daria sua vida como resgate de muitos, para o perdão dos pecados e para a santificação do gênero humano.
O Catecismo da Igreja Católica ensina em seu parágrafo §614: (Este sacrifício de Cristo é único. Ele realiza e supera todos os sacrifícios. Ele é primeiro um dom do próprio Deus Pai: é o Pai que entrega seu Filho para reconciliar-nos consigo. É ao mesmo tempo oferenda do Filho de Deus feito homem, o qual, livremente e por amor, oferece sua vida a seu Pai pelo Espírito Santo, para reparar nossa desobediência.)
Tudo começa em Deus, ele amou os homens primeiro. Tudo que os homens podem fazer de bom vem de Deus. Diz o parágrafo §2011 da Catecismo da Igreja Católica: A caridade de Cristo em nós constitui a fonte de todos os nossos méritos diante de Deus. A graça, unindo-nos a Cristo com amor ativo, assegura a qualidade sobrenatural de nossos atos e, por conseguinte, seu mérito (desses nossos atos) diante de Deus, como também diante dos homens. Os santos sempre tiveram viva consciência de que seus méritos eram pura graça.
Tradicionalmente, entre os cristãos, uma meta principal é obter a salvação. Outros sustentam que a meta principal do cristianismo é cumprir a vontade de Deus, aceitando seu reinado, ou que os conceitos são equivalentes. Em muitas tradições, obter a salvação é sinônimo de "ir para o Céu" depois da morte, enquanto que muitos também enfatizam que a salvação representa uma troca de vida enquanto se permanece na terra. Vários elementos da teologia cristã explicam por que a salvação é necessária e como se obter.
A idéia de salvação se baseia em que existe um estado de não-salvação, do qual o indivíduo (ou a humanidade) necessita ser redimido. Para a maioria dos cristãos católicos e protestantes, este é o juízo de Deus sobre a humanidade devido a sua culpa no pecado original (devido ao Lapso ou a "Queda" de Adão) e a outros pecados atualmente cometidos por cada indivíduo, já que se reconhece pecados em todos.
As igrejas ortodoxas rejeitam o conceito agostiniano de pecado original, expressão que nem sequer existe na patrística grega, e vêem a salvação como uma escala de melhoramento espiritual e purificação da natureza tanto humana como geral, que foi danificada na queda.
O PECADO.
O Pecado sempre foi um termo principalmente usado dentro de um contexto religioso, e hoje descreve qualquer desobediência à vontade de Deus; em especial, qualquer desconsideração deliberada das Leis reveladas. No hebraico e no grego comum, as formas verbais (em hebr. hhatá; em gr. hamartáno) significam "errar", no sentido de errar ou não atingir um alvo, ideal ou padrão. Em latim, o termo é vertido por peccátu.
O VER NO JUDAISMO.
O Judaísmo considera a violação de um mandamento divino como um pecado. O judaísmo ensina que o pecado é um ato e não um estado do ser.A Humanidade encontra-se num estado de inclinação para fazer o mal (Gen 8:21) e de incapacidade para escolher o Bem em vez do Mal (Salmo 37:27). O Judaísmo usa o termo"pecado" para incluir violações da Lei Judaica que não são necessariamente uma falta moral. De acordo com a Enciclopédia Judaica, "O Homem é responsável pelo pecado porque é dotado de uma vontade livre ("behirah"); contudo, Ele tem uma natureza fraca e uma tendência para o Mal: "Pois o coração do Homem é mau desde a sua juventude" (Gen,8,21; Yoma,20a; Sanh105a). Por isso, Deus na sua misericórdia permitiu ao Homem arrepender-se e ser perdoado. O Judaismo defende que todo o Homem nasce sem pecado, pois a culpa de Adão não recai sobre os outros homens.
CLASSE DE PECADO E SUAS CONSEQUENCIAS.
Pecado designa todas as transgressões de uma Lei ou de princípios religiosos, éticos ou normas morais. Podem ser em palavras, ações (por dolo) ou por deixar de fazer o que é certo (por negligência ou omissão). Ou seja, onde há Lei, se manifesta o Pecado. Pode ser tão somente uma motivação ou atitude errada de uma pessoa, e isso, é chamado de pecado "no coração". No intímo dos humanos e independente da Cultura a que pertença, existe necessidade de estabelecer princípios de ética e normas de moral. Quando se viola a consciência moral pessoal, surge o sentimento de culpa.
Chama-se pecado mortal o pecado que faz perder a graça Divina e que leva à condenação do crente; se não for objecto de confissão (admissão da culpa), genuíno arrependimento e penitência (retratação perante Deus). Chama-se pecado venial aos pecados que são menos graves e que não fazem perder a graça Divina. Para os Cristãos Católicos, a tríade que define o pecado mortal é:
- Matéria grave - precisada pelos dez mandamentos.
- Pleno conhecimento de estar cometendo pecado
- Plena e deliberada adesão da vontade.
Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento.
O pecado contra o Espírito Santo é o chamado pecado imperdoável. Subentende uma renegação contínua e deliberada do perdão Divino, bem como uma violação contínua da Lei Divina por parte do pecador.
A expressão pecado original ou pecado adâmico se refere ao pecado que foi cometido no paraíso Éden pelos primeiros humanos, Adão e Eva. A mulher teria sido o primeiro ser humano a pecar, e teria induzido Adão a pecar. O pecado original consistiu numa rebelião contra a Autoridade Divina. Em consequência directa do pecado de Adão, toda a humanidade ficou privada da perfeição e da perspectiva de vida infindável. A existência do "pecado original" não justifica a prática deliberada do pecado.
No Antigo Testamento, a doutrina da expiação é um conceito de justiça e misericórdia baseado no arranjo figurativo do sacríficio de animais. O sangue de um animal era derramado no altar como "resgate" dos pecados cometidos de natureza menor da Lei de Deus.
No Novo Testamento, a doutrina da expiação é a mesma do Antigo, mas figurando em Cristo "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29). Segundo a doutrina cristã, a morte sacrificial do Messias permitirá o resgate perfeito da humanidade obediente à Lei de Deus - eliminar o pecado adâmico e anular a sentença de morte. Obedece ao princípio bíblico "uma vida humana [perfeita] por uma vida humana [perfeita]". O papel de Cristo após a ressurreição é a de um advogado ("MEUS filhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo." I João 2:1).
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